O Cérebro e a Máquina

Autores

  • Miranda Neto ENAP

DOI:

https://doi.org/10.21874/rsp.v0i3.2863

Resumo

Os autômatos sempre encantaram os homens. Em uma noite de gala em Versalhes, o excelente Roentgen apresentava a Luís X V I, rei de França, e à sua augusta consorte uma pequena obra-prima: A tocadora de címbalon, vestida de brocado, ricamente bordado. Roentgen dá corda ao autômato e a boneca, deliciosa boneca, com altaneira graça começa a mover os martelos de marfim, um minueto, elegante e seco, começa a soar. Terminada a peça a boneca volta a cabeça e saúda a assistência, como que agradecendo os aplausos. Houve quem achasse, sob a peruca empoada, traços de Maria Antonieta. A tempestade já escurecia os céus de França, mas a Côrte ainda se divertia com os seus bonecos animados. Em breve cairia, na guilhotina, a linda cabeça que inspirara o autômato de Roentgen. Os autômatos, ou robôs como os chamados hoje, não são nenhuma novidade. Aristóteles já fala de uma Vênus, construída por Dédalo, movida por motor de mercúrio.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2017-10-18

Como Citar

Neto, M. (2017). O Cérebro e a Máquina. Revista Do Serviço Público, 96(3), 13-24. https://doi.org/10.21874/rsp.v0i3.2863

Edição

Seção

Artigos