Alocação da força de trabalho em uma amostra do poder executivo brasileiro:
levantamento dos custos e avaliação
DOI:
https://doi.org/10.21874/rsp.v72i01.5167Palavras-chave:
Dimensionamento, Força de trabalho, Custos no setor públicoResumo
Sob a ótica da alocação adequada da força de trabalho, tem-se observado um problema crítico para as organizações, pois a variedade de fatores que o ensejam torna esse assunto complexo e de difícil gerenciamento. A busca pela produtividade exige cada vez mais do servidor, impactando tanto na necessidade do conhecimento dos custos quanto nas horas trabalhadas. Nesse sentido, esse impacto materializou-se mediante processos de racionalização e técnicas que incorporam novas tecnologias no entendimento da estrutura organizacional. A análise foi gerada por meio de um modelo de dimensionamento que considera a demanda como fator preponderante na decisão de alocar para atribuir os custos levantados sobre duas perspectivas: a partir do custo total com o quantitativo de servidores reais alocado e do quantitativo de servidores estimados pelo modelo de dimensionamento adotado. O estudo tem por objetivo analisar o impacto da alocação da força de trabalho nos custos dos produtos gerados pelas pastas de três órgãos da administração pública federal direta com 22 áreas, que oferecem 571 entregas mapeadas a partir do trabalho de 689 servidores, e identificar que tipo de economia pode ser gerada a partir de uma adequada alocação de servidores. Por fim, movimentos internos da gestão podem contribuir para o resgate do equilíbrio das contas públicas e há possibilidade de formalizar e organizar entregas, mesmo as mais simples, a partir das inúmeras atividades de cada área, tornando a atividade estatal mais transparente e disponível para a sociedade.
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