Inflação, poder e processo orçamentário no Brasil — 1988 a 1993

Autores

  • Vinícius Carvalho Pinheiro

DOI:

https://doi.org/10.21874/rsp.v47i1.707

Resumo

Este estudo pretende analisar os impactos da inflação sobre o processo orçamentário no Brasil entre os anos de 90 e 93, caracterizando-se um jogo não cooperativo dos agentes envolvidos no processo — Tesouro Nacional, Ministérios e Congresso —, cujo resultado distorce a eficiência da política de estabilização e a orientação democrática definida constitucionalmente sobre as decisões de alocação das verbas orçamentárias. O jogo é contextualizado em um ambiente de compatibilização da progressiva fragilização financeira do Estado com os marcos democráticos e as conquistas sociais da Constituição de 1988. O imperativo da estabilização econômica com equilíbrio orçamentário e o conflito entre os setores políticos e burocráticos pelas fatias do orçamento, tornado mais competitivo em função da democratização, condicionam uma forma paradoxal de administração das contas públicas. Assim, em face das demandas serem maiores que a possibilidade de financiamento estatal, a inflação é utilizada no processo orçamentário para reordenar a alocação de verbas e para contenção de despesas com vistas ao equilíbrio orçamentário.

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Publicado

2015-01-22

Como Citar

Carvalho Pinheiro, V. (2015). Inflação, poder e processo orçamentário no Brasil — 1988 a 1993. Revista Do Serviço Público, 47(1), 141 - 164. https://doi.org/10.21874/rsp.v47i1.707

Edição

Seção

Artigos