Teoria econômica e meio ambiente

Autores/as

  • Cristovam Buarque ENAP

DOI:

https://doi.org/10.21874/rsp.v40i4.2148

Resumen

Para os demais animais, a sobrevivência de cada indivíduo e cada espécie se dá através de uma mutação direta da natureza, através diretamente do processo de alimentação. Um peixe come diretamente as algas do rio, e é comido por um peixe maior que, por sua vez, é comido por um jacaré, em uma sequência natural de inter-relações ecológicas. Para estes animais, o processo de viver e de sobreviver consiste na mesma atividade: eles vivem para comer e comem para viver; como indivíduo e reproduzir-se como espécie; o resto é apenas repouso. No caso das sociedades humanas, desde os sistemas primitivos, ocorrem duas diferenças em relação aos sistemas de sobrevivência dos demais animais. A primeira grande diferença é que os homens passam a usar instrumentos de produção. Em vez de apropriar-se diretamente da natureza, como fazem os outros animais, com as próprias mãos e bocas, que Georgescu-Roegen chama de instrumentos endossomáticos, o homem usa elementos intermediários: armas e ferramentas, os instrumentos exossomáticos. A segunda diferença é que o homem passou a desenvolver outras atividades (como as culturais), diferenciadas daquelas puramente ligadas à sobrevivência, as quais passam a ser chamadas de trabalho. Como consequência aparecem, entre os homens e a natureza, elementos especiais chamados bens econômicos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Publicado

2017-07-04

Cómo citar

Buarque, C. (2017). Teoria econômica e meio ambiente. Revista Do Serviço Público, 40(4), 83-92. https://doi.org/10.21874/rsp.v40i4.2148

Número

Sección

Artigos