Burocracia e a revolução gerencial — a persistência da dicotomia entre política e administração

Autores

  • Humberto Falcão Martins

DOI:

https://doi.org/10.21874/rsp.v48i1.377

Resumo

Este ensaio trata da integração entre política e administração no contexto da chamada revolução gerencial. O texto está estruturado em cinco segmentos. Os dois primeiros delineiam uma interpretação weberiana do problema da burocracia: a dicotomização entre política e administração, tanto no nível teórico da governança contemporânea, onde propõe-se um quadro de referência analítica à integração entre política e administração, quanto no contexto da modernização da administração pública brasileira. O terceiro segmento busca caracterizar os atributos do modelo ideal de administração pública preconizado pela revolução gerencial, a partir da contraposição de outros paradigmas reconstituídos da literatura: um ortodoxo, um liberal, outro empreendedor. O quarto segmento sustenta que os modelos de administração pública preconizados pela revolução gerencial apresentam o mesmo caráter dicotomizante entre política e administração típica da burocracia. O sexto segmento ensaia algumas reflexões sobre a validade da revolução gerencial, sua contribuição para a experiência brasileira e sobre o advento de uma revolução pós-gerencial.

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Publicado

2014-02-24

Como Citar

Martins, H. F. (2014). Burocracia e a revolução gerencial — a persistência da dicotomia entre política e administração. Revista Do Serviço Público, 48(1), p. 42-78. https://doi.org/10.21874/rsp.v48i1.377

Edição

Seção

Artigos