Federalismo e políticas sociais: conexões a partir da Teoria da Agência

Autores

  • José Angelo Machado Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.21874/rsp.v69i1.1295

Palavras-chave:

federalismo, transferência intergovernamental, relações intergovernamentais, gestão de políticas públicas

Resumo

Neste trabalho, tratamos dos ganhos embutidos nas transferências condicionadas de recursos da União para governos subnacionais, que explicariam sua difusão em diversos setores governamentais, principalmente políticas sociais, nas últimas décadas. Analisamos os programas federais com maior volume de transferências condicionadas em três áreas governamentais – saúde, educação e assistência social – mobilizando achados da Teoria da Agência e sua aplicação ao estudo das relações intergovernamentais. Concluímos que, nos formatos vigentes, programas federais reduzem custos de agência ao padronizar e especificar ações executadas por governos subnacionais, condicionar transferências à adesão destes a tais padrões e admitir uma multiplicidade de “controladores”, incluindo aqueles de natureza societal. Ao final, destacamos o papel das transferências condicionadas na superação dos efeitos da fragmentação territorial dos governos subnacionais sobre o processo de implementação das políticas públicas, ainda que a custo de reforçar a verticalização das relações intergovernamentais e tornar mais complexa a articulação intersetorial programática nos governos subnacionais.

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Publicado

2018-03-29

Como Citar

Machado, J. A. (2018). Federalismo e políticas sociais: conexões a partir da Teoria da Agência. Revista Do Serviço Público, 69(1), 57-84. https://doi.org/10.21874/rsp.v69i1.1295

Edição

Seção

Artigos