A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA BOLSA-FAMÍLIA SOB A PERSPECTIVA DA CONDICIONALIDADE EDUCACIONAL: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS AGENTES PÚBLICOS DE BASE

Autores

  • Breynner R. Oliveira Universidade Federal de Ouro Preto

DOI:

https://doi.org/10.21874/rsp.v65i4.527

Resumo

Este artigo analisa a implementação do Programa Bolsa-Família na cidade de Belo Horizonte, a partir dos agentes de base (street-level bureaucrats), sob a perspectiva da condicionalidade educacional. O programa transfere uma bolsa para famílias em situação de pobreza, vinculando o pagamento ao cumprimento de co-responsabilidades nas áreas da educação e saúde. Lipsky (1980) é uma referência neste campo porque, ao analisar esse processo a partir da perspectiva dos atores que estão na ponta, assume que tais agentes exercem influência sobre essas políticas, alterando seu curso de ação. Nesta cidade, os profissionais da educação e da assistência são os que correspondem à caracterização do autor. As 31 entrevistas realizadas indicam que há tipos diferentes de interação, explicados pelas distintas percepções, valores e interpretações que esses atores constroem quando desempenham suas funções, estimulando o fortalecimento de redes de cooperação. A pesquisa revela que essa condicionalidade mobiliza os agentes de base, mesmo quando a intersetorialidade ainda é um problema institucional. 

Palavras-chave: Bolsa-Família; street-level bureaucracy; implementação; agentes públicos de base

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Publicado

2014-12-02

Como Citar

Oliveira, B. R. (2014). A IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA BOLSA-FAMÍLIA SOB A PERSPECTIVA DA CONDICIONALIDADE EDUCACIONAL: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS AGENTES PÚBLICOS DE BASE. Revista Do Serviço Público, 65(4), p. 517-544. https://doi.org/10.21874/rsp.v65i4.527

Edição

Seção

Artigos