O mal-estar na contemporaneidade: performance e tempo

Autores

  • Olgária Matos

DOI:

https://doi.org/10.21874/rsp.v59i4.159

Resumo

Este ensaio propõe uma reflexão acerca da organização institucional do tempo e do trabalho segundo as exigências do capitalismo contemporâneo e as dinâmicas da modernidade, derivando na alienação e na dominação do homem pelo mercado mundializado. Essa lógica acaba por recusar a temporalidade da experiência, resultando no encolhimento do espaço do conhecimento, da liberdade, da felicidade e legando ao homem a perda do sentido e do mestrado do tempo e de sua vida. Tal ideal é regido pelo princípio do desempenho, rendimento e performances do trabalhador em seu ofício-lógica essa atravessada pela competitividade e uma espécie de cultura do ódio que promove a eliminação e a ferocidade em lugar da cooperação e da solidariedade, apoderando-se ainda de espaços democráticos importantes, como a educação, que deixa de ser "educação para a liberdade" para se tornar "educação para a adaptação".

Palavras-chave: tempo, trabalho, capitalismo, modernidade.

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Publicado

2014-02-19

Como Citar

Matos, O. (2014). O mal-estar na contemporaneidade: performance e tempo. Revista Do Serviço Público, 59(4), p. 455-468. https://doi.org/10.21874/rsp.v59i4.159

Edição

Seção

Artigos