Dilema: administrar com ou contra preços
DOI:
https://doi.org/10.21874/rsp.v43i5.2001Resumo
Os preços não fazem parte da infraestrutura de uma economia, mas são os melhores e mais simples indicadores da inflação. Nesse sentido, tem a mesma propriedade do termômetro para o médico, ao acusar pelas temperaturas altas o estado febril, a possível infecção. Não se sabe de médicos que tenham congelado seus termômetros, a fim de evitar a febre e eliminar a infecção de seus pacientes. Mas sabe-se, através dos séculos, de muitos governantes que congelaram preços, na tentativa de evitar ou controlar a inflação. Diocleciano, imperador romano (284 d.C. a 305 d.C.), a fim de debelar a inflação que assolava o império, determinou o controle de preços. Fez circular um édito (301 d.C.), que estabelecia o preço máximo de cada serviço, de cada objeto de troca. A penalidade por comprar ou vender acima do estabelecido era a morte ou o exílio. Embora muitos tenham perdido a vida, tornou-se absolutamente necessário revogar a lei. Compreendeu-se que havia algo mais, além da suposta causa de todos os males: “a ganância dos comerciantes”
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