Espaço e sociedade — um paradoxo: a cidade

Autores

  • Maria Adélia Aparecida de Souza ENAP

DOI:

https://doi.org/10.21874/rsp.v40i1.2285

Resumo

É desnecessário afirmar que a apropriação do espaço terrestre é um dos maiores desafios que se impõe ao homem do século XX e, com muito maior peso, vai impor-se ao homem do século XXI. Uma das manifestações mais contundentes dessa apropriação tem sido, sobretudo depois da revolução industrial, o crescente e assombroso processo de urbanização. As estatísticas indicam que, até o final deste século, cerca de 80 a 90% das pessoas que povoarão o planeta viverão nas cidades. Apesar da grandiosidade dos números, as crônicas das 'patologias urbanas' (criminalidade por exemplo) cuidam de transmitir aos homens um profundo sentimento de insegurança. E esta insegurança resulta da violência que se observa nas cidades, seja pela escassez de certos equipamentos e serviços - que interferem diretamente na qualidade de vida das populações —, seja pela incapacidade do Estado em gerenciar os monstros urbanos que se vem formando (a quase falência de Nova York e das Cidades brasileiras, que insistentemente clamam por maiores recursos, comprovam isso) e, ainda, seja pela demonstração flagrante da pobreza, denunciada de forma brutal pelas cidades ostentando em seu bojo subabitação, favela, menor abandonado, desemprego, marginalidade, prostituição.

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Publicado

2017-07-18

Como Citar

Souza, M. A. A. de. (2017). Espaço e sociedade — um paradoxo: a cidade. Revista Do Serviço Público, 40(1), 17-20. https://doi.org/10.21874/rsp.v40i1.2285

Edição

Seção

Artigos